Nazaré e Região
Considerada por muitos como a mais típica praia de Portugal, encanta o visitante pela sua beleza natural.
O clima ameno, as gentes simpáticas e hospitaleiras, uma luz magnífica, as tradições e artes de pesca fizeram da Nazaré musa de pintores e artistas, celebrada em todo o mundo.
A formosa enseada nazarena é protegida e abrigada pelo seu majestoso promontório, no cimo do qual se encontra o Sítio da Nazaré. Parte integrante da vila, ao Sítio deve-se chegar pelo Ascensor, que proporciona uma vista memorável dos horizontes da praia. Lá no alto do Sítio, do Miradouro do Suberco, o olhar perde-se num dos mais belos panoramas marítimos do país. Aqui, lenda e religiosidade encontram-se no culto de Nossa Senhora da Nazaré.
A Pederneira, núcleo primitivo da comunidade piscatória, é a guardiã tranquila das memórias de outras eras. Outrora porto de mar dos Coutos de Alcobaça e ativo estaleiro naval, hoje contempla o desenvolvimento da praia que se estende a seus pés.
O Porto de Pesca e Recreio, a sul da praia, faz a síntese da história da vila, onde passado e presente se aliam para melhorar o futuro dos nazarenos.
Percorrer as ruas estreitas, perpendiculares ao mar, onde a vida transcorre ao ritmo de ventos e marés, é descobrir a essência destas gentes. Expansivas e alegres, escondem tristezas num sorriso aberto, falam a cantar e encantam pelo seu modo de ser e de vestir.
Envolta em cheiros de sal e maresia, a Nazaré convida os seus visitantes a degustarem umas belas sardinhas assadas ou uma suculenta caldeirada, entre outras iguarias típicas da beira-mar.
Vibrante, desportiva, animada, para férias, lazer ou passeio, a Nazaré dispõe de todos os encantos para o fazer regressar.
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Teatro Chaby Pinheiro
Situado perto do Santuário de N.ª Sra. da Nazaré, é um teatro romântico tipo italiano, do início do século XX. O autor do projeto foi o arquiteto Ernesto Korrodi, em 1908.
Korrodi pretendeu adotar para o teatro um sistema de palco e plateia semelhante ao do La Scala, em Milão. As vantagens da planta em forma de ferradura de cavalo eram enormes ao nível da acústica: o som difunde-se com clareza, inundando a sala.
Em Fevereiro de 1908 as obras da primeira empreitada estavam concluídas. Contudo, as obras de reconstrução do teatro não continuaram, após Fevereiro.
Os trabalhos viriam a ser retomados a partir de 1923. No dia cinco de Fevereiro é colocada a pedra que inaugura a nova fase de obras. A Casa da Senhora da Nazaré disponibiliza uma verba extraordinária, quatro mil escudos, que no início do século XX, era uma pequena fortuna. A Casa da Senhora da Nazaré pretendia transformar o seu teatro num recinto digno de acolher os mais ilustres artistas. Para o efeito contratou Frederico Ayres, de Lisboa, para a execução e pintura do cenário.
Frederico Ayres foi ainda responsável pelos frescos do teatro, bem como das pinturas de um pano de boca, ainda hoje existente. Dos materiais utilizados para o embelezamento do teatro, destacam-se trinta contas de ouro para a pintura, de que hoje não restam vestígios.
Em 1926 as obras foram dadas por concluídas. Ao entrar deparamo-nos com um lindo pano de boca de cena, representando uma mulher, com trajos romanos, olhando para a plateia. No proscénio, a ladear o escudo português encontram-se as iniciais (CN) de Casa da Nazaré, e frescos sobre a comédia e a tragédia grega. Por sua vez, o teto apresenta motivos florais.
A 5 de Fevereiro de 1926, Chaby Pinheiro e a sua Companhia, a convite da Casa da Nazaré, estreou a sala de espetáculos. Foram representadas duas peças: O Conde Barão e O Leão da Estrela. Por ter inaugurado o teatro da Casa da Nazaré, este recebeu o nome do famoso actor, nome que perdura até aos dias de hoje.
O Teatro Chaby Pinheiro terá um papel crucial no desenvolvimento do teatro amador na Nazaré, ao longo da sua existência. Muitas peças levadas à cena pelo Grupo Amador de Teatro da Nazaré, na década de quarenta, foram ensaiadas e representadas neste valioso espaço