Nazaré e Região
Considerada por muitos como a mais típica praia de Portugal, encanta o visitante pela sua beleza natural.
O clima ameno, as gentes simpáticas e hospitaleiras, uma luz magnífica, as tradições e artes de pesca fizeram da Nazaré musa de pintores e artistas, celebrada em todo o mundo.
A formosa enseada nazarena é protegida e abrigada pelo seu majestoso promontório, no cimo do qual se encontra o Sítio da Nazaré. Parte integrante da vila, ao Sítio deve-se chegar pelo Ascensor, que proporciona uma vista memorável dos horizontes da praia. Lá no alto do Sítio, do Miradouro do Suberco, o olhar perde-se num dos mais belos panoramas marítimos do país. Aqui, lenda e religiosidade encontram-se no culto de Nossa Senhora da Nazaré.
A Pederneira, núcleo primitivo da comunidade piscatória, é a guardiã tranquila das memórias de outras eras. Outrora porto de mar dos Coutos de Alcobaça e ativo estaleiro naval, hoje contempla o desenvolvimento da praia que se estende a seus pés.
O Porto de Pesca e Recreio, a sul da praia, faz a síntese da história da vila, onde passado e presente se aliam para melhorar o futuro dos nazarenos.
Percorrer as ruas estreitas, perpendiculares ao mar, onde a vida transcorre ao ritmo de ventos e marés, é descobrir a essência destas gentes. Expansivas e alegres, escondem tristezas num sorriso aberto, falam a cantar e encantam pelo seu modo de ser e de vestir.
Envolta em cheiros de sal e maresia, a Nazaré convida os seus visitantes a degustarem umas belas sardinhas assadas ou uma suculenta caldeirada, entre outras iguarias típicas da beira-mar.
Vibrante, desportiva, animada, para férias, lazer ou passeio, a Nazaré dispõe de todos os encantos para o fazer regressar.
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Porto de Pesca
Os sucessivos naufrágios marcaram de negro e luto a população nazarena durante décadas, sendo a construção de um porto de abrigo, que garantisse condições de segurança marítima e diminuísse o risco de vida dos pescadores, o maior desejo da população ao longo de quase todo o século XX.
Nos anos 50, segundo testemunhos da época, o nível de vida era baixo, devido ao facto das condições do seu porto natural não permitirem o exercício da pesca de uma forma mais lucrativa, como em outros locais da costa. As mulheres trabalhavam, muitas vezes, para fazer face ao pouco dinheiro que o homem trazia da sua faina para o sustento da casa, vendendo peixe nos mercados da região.
A Nazaré começa a ser conhecida como uma terra de partidas e chegadas. A comunidade via os seus filhos partirem, em busca de melhores condições de vida, para Peniche, Matosinhos, Canadá, para a marinha mercante ou para a pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova.
Entre os muitos anónimos que lutaram pelo porto, destaco Manuel Remígio e Vasco da Gama Fernandes, entre outros.
O sonho de um porto de abrigo, o sonho do progresso, após anos e anos de promessas, só será cumprido na primeira metade da década de 1980, provocando a saída das embarcações e da actividade piscatória da praia e maior segurança dos homens e das embarcações. Como diria Alves Redol, que conheceu, de perto, a comunidade piscatória e os perigos do mar: “Hoje os meios técnicos de que o homem dispõe, permitem-nos afirmar que o homem será cada vez menos um joguete da natureza. A Nazaré só sentirá realmente o que a palavra progresso significa quando tiver um porto de abrigo.”
Iniciada a construção em 1979, o Porto foi oficialmente inaugurado a 3 de Setembro de 1983 e abriu à navegação em 1986. O Porto da Nazaré, protegido por dois molhes, dispõe de espaços destinados à sua frota pesqueira e de uma Marina. É conhecido como Porto Santo dado a barra da Nazaré nunca ter fechado à navegação