Nazaré e Região
Considerada por muitos como a mais típica praia de Portugal, encanta o visitante pela sua beleza natural.
O clima ameno, as gentes simpáticas e hospitaleiras, uma luz magnífica, as tradições e artes de pesca fizeram da Nazaré musa de pintores e artistas, celebrada em todo o mundo.
A formosa enseada nazarena é protegida e abrigada pelo seu majestoso promontório, no cimo do qual se encontra o Sítio da Nazaré. Parte integrante da vila, ao Sítio deve-se chegar pelo Ascensor, que proporciona uma vista memorável dos horizontes da praia. Lá no alto do Sítio, do Miradouro do Suberco, o olhar perde-se num dos mais belos panoramas marítimos do país. Aqui, lenda e religiosidade encontram-se no culto de Nossa Senhora da Nazaré.
A Pederneira, núcleo primitivo da comunidade piscatória, é a guardiã tranquila das memórias de outras eras. Outrora porto de mar dos Coutos de Alcobaça e ativo estaleiro naval, hoje contempla o desenvolvimento da praia que se estende a seus pés.
O Porto de Pesca e Recreio, a sul da praia, faz a síntese da história da vila, onde passado e presente se aliam para melhorar o futuro dos nazarenos.
Percorrer as ruas estreitas, perpendiculares ao mar, onde a vida transcorre ao ritmo de ventos e marés, é descobrir a essência destas gentes. Expansivas e alegres, escondem tristezas num sorriso aberto, falam a cantar e encantam pelo seu modo de ser e de vestir.
Envolta em cheiros de sal e maresia, a Nazaré convida os seus visitantes a degustarem umas belas sardinhas assadas ou uma suculenta caldeirada, entre outras iguarias típicas da beira-mar.
Vibrante, desportiva, animada, para férias, lazer ou passeio, a Nazaré dispõe de todos os encantos para o fazer regressar.
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Igreja da Misericórdia
Na Pederneira, no Largo da Misericórdia, situa-se este templo setecentista, de feição maneirista, classificado como Monumento de Interesse Público.
A primitiva Capela da Misericórdia foi criada para albergar a Irmandade da Misericórdia da Pederneira instituída antes de 1561, que tinha como principal função administrar o Hospital da Pederneira.
Contudo, a data de construção desta igreja ainda continua por investigar, uma vez que, segundo alguns historiadores, esta terá sido erigida sobre as ruínas de uma igreja mais antiga. De acordo com a tradição, a construção da igreja e anexos datam do primeiro quartel do século XVIII.
Em 1877, a irmandade foi extinta e os seus bens passaram para a Real Casa de Nossa Senhora da Nazaré, que fundou um Hospital no Sítio da Nazaré, para continuar a ação de assistência daquela Misericórdia. Provavelmente, à época, o antigo hospital e a casa da irmandade, de que restam o portal de acesso e uma escada no alçado oeste da igreja, já estariam num estado próximo da ruína.
O atual templo é caracterizado pela ampla fachada do barroco clássico tardio. O interior é constituído pela nave central e por um altar-mor, coberta por uma falsa abóbada de madeira, em arco abatido. Preserva do lado da Epístola a tribuna da Irmandade, constituída por cinco colunas jónicas de mármore. Do mesmo lado, à entrada, vê-se uma lápide, datada de 1716, com as obrigações dos mesários da Instituição.
Sobre a porta de entrada existe um painel de azulejos figurando a N.ª Sra. da Misericórdia. O púlpito merece destaque pelo belo dossel em talha dourada.
O altar-mor está demarcado do corpo da igreja por dois degraus e por uma balaustrada de madeira. Os altares laterais, em talha dourada, ladeados de colunas estriadas, contêm as imagens do Senhor da Cana Verde, do lado direito, e de Nossa Senhora da Soledade, do lado esquerdo.
Nesta igreja guarda-se, no altar-mor de talha dourada barroca, uma bela imagem do Senhor dos Passos, de grande devoção popular, o qual é celebrado, em procissão, três semanas após o Carnaval. Por baixo deste, um altar de caixa envidraçado, conserva uma imagem de Cristo morto.