Nazaré e Região
Considerada por muitos como a mais típica praia de Portugal, encanta o visitante pela sua beleza natural.
O clima ameno, as gentes simpáticas e hospitaleiras, uma luz magnífica, as tradições e artes de pesca fizeram da Nazaré musa de pintores e artistas, celebrada em todo o mundo.
A formosa enseada nazarena é protegida e abrigada pelo seu majestoso promontório, no cimo do qual se encontra o Sítio da Nazaré. Parte integrante da vila, ao Sítio deve-se chegar pelo Ascensor, que proporciona uma vista memorável dos horizontes da praia. Lá no alto do Sítio, do Miradouro do Suberco, o olhar perde-se num dos mais belos panoramas marítimos do país. Aqui, lenda e religiosidade encontram-se no culto de Nossa Senhora da Nazaré.
A Pederneira, núcleo primitivo da comunidade piscatória, é a guardiã tranquila das memórias de outras eras. Outrora porto de mar dos Coutos de Alcobaça e ativo estaleiro naval, hoje contempla o desenvolvimento da praia que se estende a seus pés.
O Porto de Pesca e Recreio, a sul da praia, faz a síntese da história da vila, onde passado e presente se aliam para melhorar o futuro dos nazarenos.
Percorrer as ruas estreitas, perpendiculares ao mar, onde a vida transcorre ao ritmo de ventos e marés, é descobrir a essência destas gentes. Expansivas e alegres, escondem tristezas num sorriso aberto, falam a cantar e encantam pelo seu modo de ser e de vestir.
Envolta em cheiros de sal e maresia, a Nazaré convida os seus visitantes a degustarem umas belas sardinhas assadas ou uma suculenta caldeirada, entre outras iguarias típicas da beira-mar.
Vibrante, desportiva, animada, para férias, lazer ou passeio, a Nazaré dispõe de todos os encantos para o fazer regressar.
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Centro Cultural – Edifício da Antiga Lota
Até meados do séc. XX, a venda do pescado tinha lugar em lotas improvisadas no areal da praia.
A comercialização do peixe era de natureza muito primitiva, feita por vendedores particulares, que eram procurados pelos mestres das maiores companhas.
Promulgada a lei que obriga à venda do peixe numa lota construída, surgiu a primeira estrutura de madeira, que mudou várias vezes de local. O peixe era colocado sobre uma bancada tosca e era vendido por funcionários da Junta Central da Casa dos Pescadores, em leilão, por ordem decrescente de preço.
Uma das características deste leilão era a palavra “chui”, que se usava por cá para indicar a compra do peixe. Quando o comprador dava o “chui” recebia uma senha com o número da caixa correspondente, através de uma cana comprida. A Lota da Nazaré foi a primeira lota do país onde o peixe começou a ser vendido ao quilo e não à unidade.
A primeira Lota teve lugar na zona da praia em frente à Rua da Liberdade. Peixes como o goraz, a xaputa e a pescada, eram vendidos sobre palancos, mas a sardinha e carapau já se vendiam em cabazes e xalavares, respectivamente.
A segunda lota, bem como a terceira, ainda tiveram lugar na areia, mas sempre mais a sul que a primeira, devido à necessidade de crescimento da zona de banhos.
Em 1956, a Junta Central da Casa dos Pescadores apresenta o projeto para um novo edifício a ser construído em terreno cedido pelo Município da Nazaré. O interior e o exterior são decorados com painéis de temática piscatória, da autoria de Galhardo e foram fabricados na fábrica Aleluia, em Coimbra.
Este edifício encontra-se localizado na Avenida Manuel Remígio, tendo sido inaugurado a 24 de Dezembro de 1958 e deixado de funcionar a 22 de Março de 1987.
Com a construção do Porto de Abrigo (1983), a Lota passa a funcionar naquele recinto (inaugurada em 29 de Abril de 1987), já com sistema informático de leilão. A “Antiga Lota” deu então lugar ao atual Centro Cultural da Nazaré que abriu as suas portas ao público em 1995, espaço que recebe exposições temporárias e outras atividades culturais.